
Lá vai o manual "primeira vez em ouvir um álbum novo do Killers": primeiro você pensa "que porcaria é essa?", depois você sente uma pontada inexplicável de ouvir de novo e, finalmente, você está complemetamente viciado no disco. Esqueça toda indumentária do disco anterior Sam´s Town: eles tiraram o bigode, tomaram banho e tingiram as roupas de colorido. A cafonérrima foto de promoção de Day and Age (a foto de cima) é sensacional... sensacional??? Isso mesmo, The Killers é muito bom sendo brega, se qualquer outro zé mané gravasse um disco com arranjos Duran Duran e Oingo Boingo, tecladinhos anos 80 de seriado americano e usasse no palco aquele cenário Kubanacan ia ser o cafona do ano mas The Killers é tão bom e tão singular que eles são o grupo do ano com o disco do ano. Dizem que quanto mais uma banda lança disco e se torna mais famosa, mais ela busca uma sonoridade pra tocar em estádio e parece que o Killers veio dessa vez pra tocar no Maracanã mesmo, pra levantar a galera tipo Ivete Sangalo - Spaceman tem refrão que faz criançinha até tiozão cantar feliz. A bonus track Forget What I Said e a apoteótica The World I Live In ainda podem lembrar vagamente os tempos bigodudos de Sam´s Town, e se Sidney Magal cantasse em inglês, diriam que Joyride tem muita influência dele, mas, graças a Deus, ele não canta em inglês e por isso a música é incrível a la Killers mesmo. Mas Day and Age é ímpar, prova cabal que eles não são medrosos, a banda vive de fases e sabe fazer música boa com qualquer roupa, que agrada qualquer idade e não caí em clichês, ousa sem pudor e é profissional em desafiar os fãs e em desafiar a si mesmo. Se o disco de estréia Hot Fuss ainda é considerado por muitos a obra-prima, esse último se assemelha a ele, mas com menos New Order e mais The Killers corajoso e com pitadas de brilho exclusivo do vocalista Brandon Flowers cantando cada vez melhor. Seja brega hoje, Day and Age tá na moda.
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